quinta-feira, 11 de junho de 2009

CAI O NÚMERO DE MOTORISTA ALCOOLIZADO EM SÃO PAULO

MULHERES QUE DIRIGEM ESTÃO BEBENDO MAIS

A boa notícia é que, dos 2,5 mil motoristas que concordaram em fazer o teste do bafômetro, 16% estavam sem condições de dirigir. Um número bem menor do que o da última pesquisa, em 2007.



Nas ruas de São Paulo, a lei seca, que proibiu terminantemente os motoristas brasileiros de consumir bebida alcoólica, diminuiu o número de infratores. Mas os números da polícia mostram que não se pode dizer o mesmo sobre as infratoras.

Uma brincadeira para decidir coisa séria. “Quebra os palitinhos, quem pegar o mais curto tem que dirigir”, explica o médico Thiago Dumont.

O ato de dirigir está mesmo mais responsável. É o que revela uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo concluída agora.

Dos 2,5 mil motoristas que concordaram em fazer o teste do bafômetro, 16% estavam sem condições de dirigir. Número bem menor do que o registrado na última pesquisa, em 2007, quando a lei seca não estava em vigor.

O levantamento também mostra uma mudança de comportamento. Só que na direção contrária do bom senso. As mulheres que dirigem estão bebendo muito mais e isso esta acontecendo principalmente entre as mais jovens.

Há quem diga que tudo não passa de uma estratégia. “Geralmente quem bebe mais são os homens, aí sobra para a mulherada voltar dirigindo. Mesmo que elas tenham bebido alguma coisa”, argumentou a consultora Elisa Crestana.

Para quem fez a pesquisa, a explicação é outra. “Infelizmente, esses índices de positividade foram maiores em mulheres menores de 25 anos. Entre 18 e 25 anos. Pode ser um reflexo do aumento do padrão de consumo principalmente entre adolescentes jovens e adultos jovens”, explicou Sérgio Duailibi, coordenador da pesquisa.

Na mesa do bar, a confirmação. “A mulherada bebe bem”, diz uma moça. “Realmente as mulheres estão chegando firme”, admite um rapaz.

“É uma competição, provavelmente”, acredita Duailibi.

Yves Carbinatti bebia frequentemente com os amigos, até que sofreu um acidente de carro. O colega tinha bebido e dormiu ao volante. Hoje o rapaz de 22 anos passa a semana fazendo fisioterapia. Ainda não conseguiu recuperar os movimentos das pernas, mas uma convicção ganhou força.

“Hoje sempre aviso o pessoal, os amigos, minha família para ter cuidado, não dirigir, deixa outro dirigindo, sempre quando vou junto com a pessoa vejo quem está em melhor condição para dirigir, para evitar maiores problemas”.

Jornal Nacional

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