Jaildo Gonçalves (Careca), preside o novo Sindicato dos Rodoviários de Itabuna, "a partir da divisão da categoria, insatisfeita com a administração de ´Pé de Rato´ que perdeu todas as conquistas da administração anterior (Pezão)".
Jaildo confirma que o SINDIROD está irregular, lembrando que o acordo salarial do ano passado não foi homologado pela Justiça. "Ele, (Pé de Rato) está usando o nome de ´Pezão´ para tentar confundir a classe".
Quanto ao julgamento sobre qual Sindicato está regularizado, Jaildo disse estar tranqüilo, certo da vitória e pronto para comandar os rodoviários de Itabuna.
O itabunense está livre de novas paralisações no funcionamento do serviço de transporte coletivo, pelo menos até o dia 14 de maio. Na manhã desta terça-feira (04), representantes do Sindicato dos Rodoviários e das empresas Rio Cachoeira e São Miguel, participaram de audiência intermediada pelo Ministério Público do Trabalho. Ficou decidido que todas as ações relativas à campanha salarial da categoria ficarão suspensas, até que a Justiça do Trabalho decida que sindicato tem legitimidade para representar a classe rodoviária.
Disputam a base o Sindirod (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano, Intermunicipal, Interestadual e Fretamento de Itabuna) e o Sintracol (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano no Município de Itabuna). O primeiro tem como presidente o rodoviário Joselito Paulo, o “Pé de Rato”, e o segundo tem à frente Jaildo Gonçalves, que acusa o Sindrod de atuar ilegalmente.
A informação do presidente do Sintracol é de que a outra entidade utiliza uma carta sindical emitida em 1949 para o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Itabuna. Em 2001, o então presidente do Sindrod tentou corrigir a situação junto ao Ministério do Trabalho, mas não conseguiu. Aproveitando-se da brecha, um grupo de rodoviários decidiu criar o Sintracol em 2008.
O novo sindicato está com registro encaminhado no Ministério do Trabalho e, segundo Gonçalves, próximo a ser deferido. Estaria inclusive mais adiantado que o Sindrod, cuja documentação só foi encaminhada ao órgão federal em fevereiro de 2010.
O presidente do Sintracol entende que a carta de 1949 prevê um sindicato que representaria somente os “condutores” de veículos rodoviários. “Essa representação exclui cobradores, mecânicos e despachantes, por exemplo, enquanto o Sintracol representa todos os trabalhadores das empresas de transporte no município”, afirma.
O secretário municipal de Transportes e Trânsito, Wesley Melo, afirma que a posição da Prefeitura é de aguardar a decisão da Justiça. “É preciso decidir quem tem legitimidade para representar os rodoviários, a fim de garantir a segurança do próprio funcionário”, esclarece o secretário. Ele lembra que, em função de problemas em sua constituição jurídica, no ano passado o Sindrod não homologou o acordo coletivo firmado com as empresas.
Reunidos em Assembléia Geral os rodoviários aprovaram em primeira votação a deflagração de uma greve nas empresas do transporte coletivo intermunicipal na base sindical do Sindirod que poderá parar nas próximas 72 horas as atividades de motoristas, cobradores, fiscais, serviços administrativo e de garagem nos municípios de Itabuna, Camacã, Valença, Camamu e Itapetinga.
A segunda votação sobre a deflagração de greve nas empresas do transporte intermunicipal foi concluída no final da tarde de sexta-feira, dia 14, na segunda convocação da Assembléia Geral da categoria rodoviária, na sede do Sindirod.
Pela manhã o sindicato esteve lotado. Centenas de rodoviários acompanharam atentamente as informações da diretoria do sindicato sobre o andamento da Negociação Coletiva.
O presidente do Sindirod, Joselito Paulo (Pé de Rato), relatou que as empresas municipais em Itabuna continuam fugindo da negociação e por isso a greve nos coletivos urbanos está sendo mantida. Com relação às empresas Rota e Águia Branca, do Transporte Intermunipal, a intransigência patronal chegou ao limite máximo. Apesar de participarem da negociação, os empresários apresentaram contraproposta vergonhosa de reajustarem o salário dos rodoviários em somente 2,5 por cento, o que não cobre sequer os índices da inflação. A pedida da categoria é uma recomposição de 30% nos salários, aumento no ticket e participação nos lucros, além de outras reivindicações sociais.
Os trabalhadores rodoviários do transporte rodoviário urbano do município de Itabuna deram nesta quinta-feira, 13, uma prova inequívoca de consciência de seus direitos e impuseram com seriedade e organização o movimento grevista por tempo indeterminado. Centenas de motoristas, cobradores, funcionários das garagens, fiscais e funcionários administrativos deram a prova da legitimidade da liderança incontestável do Sindirod, fundado em 1948.
Com isso, a tentativa dos empresários urbanos em fraudar o processo de Negociação do Acordo Coletivo com a criação de outro sindicato (Sintracol) desceu pelo ralo. A farsa orquestrada pela assessoria jurídica das empresas não obteve êxito.
Além de não possuir Carta Sindical, o sindicato montado pelos empresários urbanos com a participação de meia dúzia de sindicalistas pelegos, a tentativa de "171" não colou, pois despertou a revolta dos rodoviários.
O advogado Iruman Contreiras, do Sindirod, explicou que a representação sindical é um processo político, uma relação de confiança. " O sindicato tem de estar todo documentado e legitimado com o apoio da categoria e no caso do pseudo sindicato "Sintracol" não há nem Carta Sindical nem apoio da base. Então não há o que se discutir. As empresas sabiam disso e assumiram o risco de uma greve", explicou.
Nesta quinta-feira, dia 13, ocorreu o inevitável, depois de 40 dias se conseguir negociar com os empresários urbanos que ignoravam a legitimidade do Sindirod, os rodoviários deflagram uma greve por tempo indeterminado no transporte urbano em Itabuna, mas o percentual legal dos 30% de serviço essencial está sendo garantido pelo Sindirod. " Como os empresários recorreram para o Tribunal Regional do Trabalho para decidir qual o sindicato representa os rodoviários de Itabuna, o Sindirod resolveu também esperar a decisão, mas em greve, como forma de protestar contra a intrangência e forçar os patrões a comparecerem à mesa de negociação", argumentou o Dr. Iruman Ramos Contreiras.
Para Joselito Paulo dos Santos, presidente do Sindirod, a estratégia dos empresários em recorrer à Justiça depois de tentar fundar um falso sindicato para dividir a categoria rodoviária acabou resultando em prejuízo para a sociedade. “Se os empresários tivessem negociando, provavelmente não existiria greve", afirmou “Pé de Rato”.
Para o advogado Iruman Contreiras, que representa juridicamente o Sindicato dos Rodoviários de Itabuna e Região (Sindirod), existe preconceito contra a categoria rodoviária.
Segundo Contreiras, as pessoas fazem uma imagem negativa dos trabalhadores em transporte coletivo e chegam a tachá-los de “baderneiros e vagabundos” por estarem em greve.
O advogado comparou a paralisação dos rodoviários com a dos serventuários da Justiça, em greve há oito dias. “Ninguém chama os serventuários de desocupados, mas o pessoal do transporte tem tratamento diferente, é discriminado”, lamentou.
Desde o último dia 4 de janeiro a Transnacional começou a executar o contrato com a fábrica de calçados. No final do ano passado, o sindicato dos rodoviários ficou sabendo da chegada da nova empresa para transportar os trabalhadores e começou a questinar os termos do contrato com a Azaléia, uma vez que os rodoviários não podem ficar prejudicados.
Outra preocupação do Sindirod é com relação a rescisão dos rodoviários da Viação Itapetinga. “Estamos atentos para que o trabalhador receba todos os direitos trabalhistas e vamos acompanhar as homologações”, informa Elias Silva, um dos diretores do Sindirod.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Joselito Paulo(Pé de Rato), os trabalhadores rodoviários de Itapetinga terão também a oportunidade de acesso à Comissão de Conciação Prévia, nos próximos dias com total assistência jurídica do Sindicato para evitar abusos dos empresários.
A comissão do Sindirod composta pelo presidente do Sindicato e os diretores Elias Silva, Eduardo Batista, José Marcos Sampaio também acompannha as novas contratações com a empresa de Fortaleza que fechou o novo contrato com a Azaléia.
Uma das principais preocupações é com relação a jornada de trabalho. O sindicato não admite que o trabalhador tenha intervalo de 4 horas na mesma jornada e irá fiscalizar a nova empresa para que isso não ocorra.
Fontes:
www.r2cpress.com.br,
www.sindicatodosrodoviarios.blogspot.com,
www.noticiasgrapiunas.blogspot.com,
www.pimentanamuqueca.com.br,
www.redebrasildenoticias.com
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