As medidas terão que ser adotadas pelas montadoras a partir de 1º de julho. Daí em diante, ônibus novo, que estiver fora do padrão, não recebe licença dos Detrans para rodar.
O tormento de milhões de brasileiros que, todos os dias, se espremem dentro de ônibus cheios para estudar ou trabalhar, pode ter algum alívio nos próximos anos. É que os ônibus vão ter que mudar.
Quem embarca depois das 6h30 sofre para encontrar espaço para viajar de pé. “Pede licença a um, pede licença a outro, aí uns não gostam de dar licença. É complicado”, contou um homem.
“Pessoas maiores, por exemplo, para se sentar é complicado”, disse outro.
A sensação de aperto não depende só do tamanho do passageiro. Pode variar de acordo com o modelo do ônibus porque falta padronização, medidas mínimas que só agora foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Trânsito.
Nos novos ônibus urbanos, os assentos não poderão ter menos de 43 centímetros de largura e o espaço no corredor precisa ser igual ou maior que 65 centímetros.
Nos veículos para viagens mais longas, como ônibus rodoviários, a largura oficial do assento passa a ser de, no mínimo, 40 centímetros. Terão que ser respeitados ainda 30 centímetros de distância entre as poltronas.
“A pessoa que afasta o banco na frente. Às vezes você está conversando com a outra pessoa a gente fica assim, se está contando alguma: será que fulano está escutando?”, disse a professora Maria Antônia Esteves.
Além das saídas de emergência nas laterais, os ônibus terão que colocar aberturas também no teto. Hoje, normalmente, há apenas janelas de ventilação.
As medidas terão que ser adotadas pelas montadoras a partir de 1º de julho. Daí em diante, ônibus novo, que estiver fora do padrão, não recebe licença dos Detrans para rodar.
O professor de engenharia de tráfego da UFMG Nilson Tadeu Nunes fez medições em parte da frota de Belo Horizonte. “Uma pessoa mais obesa, por exemplo, teria problema porque fica fora do banco, não consegue sentar direito”.
Jornal Nacional
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