Cinco empresas disputam concessão do transporte

Depois de três anos se arrastando na Justiça, a licitação do transporte público em Uberlândia foi aberta na tarde de 15 de maio de 2009. Das 48 empresas de ônibus que compraram o edital, cinco apresentaram a documentação para concorrer ao processo, que ainda não tem um prazo definido para ser encerrado. Na próxima semana, em 22 de maio, após a análise dos volumes, a Comissão Permanente de Licitações vai divulgar as empresas julgadas habilitadas.

Das três viações que operam atualmente na cidade, sob contrato emergencial, somente a Cidade Sorriso, de Curitiba (PR), apresentou a documentação à comissão. As outras duas, Transcol e Triângulo, não participaram por falta de certidões negativas de débitos de encargos.

Além da Viação Sorriso, participam da licitação as empresas Transporte Urbano São Miguel de Resende, Turilessa, São Pedro Transporte e Transportes Coletivos Grande Londrina. Durante a reunião, todas as empresas puderam analisar a documentação das outras e apresentaram à comissão questionamentos que podem inviabilizar a participação das concorrentes, conforme previsto no edital de licitação.

Após a divulgação das empresas na semana que vem, as que forem julgadas inabilitadas têm até cinco dias para recorrer da decisão. De acordo com o presidente da comissão, Edival Francisco da Cruz, os envelopes com as propostas técnicas das empresas só poderão ser abertos após a definição final da habilitação, com todos os recursos julgados. Ele não soube estimar um prazo para a conclusão do processo.

O tempo de concessão do transporte público em Uberlândia são 10 anos, prazo que pode ser prorrogado por mais 10, caso a empresa cumpra todas as exigências do contrato. Cada empresa deverá investir no sistema R$ 40 milhões na próxima década. Conforme o edital de licitação, a tarifa será reajustada todo ano, não mais a cada cinco anos.

Idade dos veículos terá peso
Segundo o secretário Municipal de Trânsito e Transportes, Paulo Sérgio Ferreira, as três empresas que entrarem no sistema deverão absorver os funcionários das atuais. Ele afirmou que um dos critérios que mais irá pesar no processo licitatório é a idade média dos veículos, que não poderá ultrapassar cinco anos. Não estão previstos no edital aumento na quantidade dos 350 ônibus em circulação e de 101 linhas atuais, que atendem mensalmente a 4,5 milhões de usuários.

“Após a decisão das empresas vencedoras, vamos realizar um estudo detalhado para planejar o sistema no longo prazo. Não fizemos isso antes porque não tínhamos estabilidade com os contratos emergenciais. A partir da demanda de cada linha, poderemos aumentar a quantidade de veículos ou até mesmo a criação de novas rotas”, disse o secretário.

Transporte São Pedro é do grupo da Transcol
Das cinco empresas interessadas na licitação, somente a Transporte Coletivo São Pedro é de Uberlândia. Ela faz parte do mesmo grupo empresarial responsável pela Transcol e atualmente atua em Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Vitória da Conquista (BA) e Curitiba (PR).

A Turilessa atua nas cidades mineiras de Ipatinga, Timóteo, Contagem, Coronel Fabriciano, Lavras, Varginha, Itaúna e Brumadinho, além de possuir linhas intermunicipais no Estado.

A empresa São Miguel tem sede em Belo Horizonte e opera na região metropolitana da capital mineira, Juiz de Fora (MG), Conselheiro Lafaiete (MG), São Luis (MA), Itabuna e Ilhéus (BA).

Comentários : Juliao em 19/05/2009 - 20h59min
Essa empresa Sao Miguel que vcs disseram operar também em Juiz de Fora, cabe lembrar que estão trabalhando nesse municipio por uma liminar, que os mantém na posse da empresa e que podem perder a qualquer momento, e nao estão cumprindo com obrigações financeiras dela, inclusive tributos. A população de Uberlandia deve conhecer melhor essas pretendentes.

A viação Sorriso, que já atua em Uberlândia desde abril de 2008, é de Curitiba (PR) e também está presente nas cidades paranaenses de Paranaguá e Cascavel e nas baianas Porto Seguro e Itabuna.

A Transportes Coletivos Grande Londrina é a única empresa participante do processo que faz parte de apenas um sistema municipal, em Londrina (PR).

Triângulo e Transcol desistem do processo por falta de certidões negativas.

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